De repente me vem um frio na boca
do estômago, como se tivesses descoberto o que sinto por ti. Aquele amor
escondido que sempre fica cada vez que tu te vais. Na verdade quem vai sou eu,
tu sempre ficas. Então olho pra trás, penso em voltar para dizer-te tudo aquilo
que sinto, mas então desisto. Penso: nunca que uma garota igual a ti irá se
interessar por um garoto como eu. Não que eu seja o pior deles, não é isso, mas
é que... Sei lá, sou tão indeciso quanto algumas coisas e tu me parece tão
decidida em tudo e parece nunca se deixar abater pelo tédio. Parece ser tão
moderna que acho difícil gostares das mesmas coisas que eu: livros, música,
viagens, fotografias antigas, aquelas que lembram a infância. Talvez eu escreva
em um envelope qualquer dizendo que te amo... Sei lá! Ah! Nunca pensei que iria
me apaixonar logo por ti, eu imaginava, na minha mente distraída, alguém um
pouco diferente e não alguém tão linda como você. Parece até que Deus te mandou
pra mim assim como eu te imaginei. Cabelos do tipo que sempre me encantaram,
olhos que estão a todo o momento indo e vindo, mas que quando preciso, olham os
meus como se fosse a primeira vez. Isso me fascina tanto em ti. “Quando você
ri, eu tenho vontade de chorar, não de tristeza, mas porque cada gargalhada sua
é como uma nota musical que toca ao coração em me faz querer dançar”. Séria ou
sorrindo, não me importa, contanto que estejas comigo, ao meu lado até o fim de
nossas vidas. Hoje vou te ver novamente. Será que digo algo? Será que saio de
lá novamente olhando pra trás e com a vontade de voltar para dizer-te que “SIM,
É VOCÊ!”? Ainda não sei, mas sei lá... Sou tão indeciso, acho que isso pode
atrapalhar nossa relação ou não. Bom... Preciso me decidir antes que tu saias
antes de mim e me deixe aqui sozinho. Eu a eterna pergunta: será que eu devia
ter falado?
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