sexta-feira, 27 de abril de 2012

Chovia

Chovia. 
Ele estava esperando ônibus. subiu, sentou no banco ao lado janela e ficou pensando em sua vida.
 O motorista, inexperientes, a todo o momento freava e fazia com que os pensamentos daquele menino se reorganizassem.
 Num  certo momento o ônibus parou no sinal vermelho e ao lado parou outro.
 Aquele menino tentou olhar pela janela embaçada. Não conseguiu. 
Limpou-a, mas foi em vão.
 De repente no veiculo ao lado uma menina limpou sua janela e enfim puderam ver-se pela primeira vez. 
O sinal abriu, ela esboçou um sorriso, e ele retribuiu, mas ao mesmo tempo em que estava triste ao ver o sinal aberto, estava, também feliz pelo único sorriso recebido.
 Mais vale um sorriso na chuva do que nenhum ao sol.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Distração

Por entre todos
Eu vejo um rosto.
É como se tudo virasse pó.
É como se todos virassem pó.
E o rosto fosse um só.
Surge um corpo
Meio bruto e delicado.
O rosto e e o corpo
Deixam transparecer
Um desejo sufocado.
É longo o cabelo
Quem me arrebata.
Quase sufoco.
Quase me mata.
Os olhos correm
E parecem procurar alguém.
Meus olhos correm.
E procuram também.
Às vezes te acham
E tudo parece desaparecer.
Os teus olhos me acham
E os meus são forçados a te perder.
Já perdi tanto.
Já deixei transparecer.
Te quero quanto?
Nem eu mesmo sei dizer

terça-feira, 24 de abril de 2012

Mais uma triste história de amor! Fiz com muita inspiraçao!

Pra você não ouvir
                                                                  Antonio Santana, 09/07/2011

Noite fria foi aquela
Em que você me disse adeus
Com apenas um olhar.
Eu não entendi porque isso aconteceu.
Desmanchou o nosso lar.
Abriu a porta e quase chorando
Me disse que ia embora.
Eu tão feliz te olhando
E pouco a pouco
O sorriso ia desabando.
No teu braço segurei,
Me ajoelhei,
Te supliquei.
Pedi que ficasse, que dormisse
E pensasse no que iria fazer,
Mas parece que
Quanto mais eu falava,
Menos você entendia
E nada me dizia,
Enquanto eu, no teu corpo
Me debruçava.
Eu me arrastava e
Desfazia a tua mala.
Eu te prendia.
Pena que foi mais forte a decisão,
E quando saíste pelo portão
Tive a certeza de que era pra sempre.
Deitei em nosso ninho,
Senti as cobertas amassadas pelo amor
E naquele cantinho de lembranças
Até quis ter esperança.
E foi naquele cantinho
Que eu te amei, te odiei
E no fim da noite
Derramei baixinho, bem baixinho
Pra você não ouvir.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

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                                          Antonio Santana, 05/10/2011


Aluga-se um coração
Com espaço de sobra
E vista pra solidão.
Com peças bem grandes 
Que ainda nem foram usadas.
É um lugar bem bonito
À espera de alguém que ocupe essa nova morada.
Alugo para quem disposto estiver.
Amiga, conhecida mulher.
Inimiga divertida.
À quem o quiser!
Na varanda tem vasinhos
Decorados com sorrisos!
Tem, também, um banco vazio
À espera de quem preciso.
No quarto e na sala
Tem um pouco de amor.
O bastante pra quem se acha insignificante, na dor.
O corredor é bem extenso,
Com retratos de grandes amigos
 E que quase todos os dias eu penso,reflito e digo
Que é melhor estar distante,
Pois já sofri o bastante.
Se você quiser um lugar para morar
Eu tenho 
Um coração para alugar.
Bem novo!
Nem foi quase usado.
Bem novo!
Não foi muito amado.
Na rua da tristeza
Com esquina pra alegria,
Eu alugo um coração
Com espaço de sobra
E vista pra uma paixão. 

domingo, 22 de abril de 2012

Pra eu dizer
                                                              Antonio Santana, 25/03/2011
Sim, me magoastes ao dizer te amo.
Tu não retornas quando eu te chamo.
Não, essa não foi a primeira vez.

Vem me diz se sou o seu único amante.
Me diz porque você está tão distante.
Será que não chamo mais teu coração?

Oi! Me diz um oi mesmo que seja de adeus.
Não me maltrate, quero os lábios teus,
Teu corpo, tua alma e coração.

Talvez seja melhor mesmo eu ir embora.
Não sei o que estou fazendo agora.
Estou saindo e não voltarei.

Tchau (adeus), quem sabe um dia a gente se vê
Ou de repente você vem me ver
Pra eu dizer que ainda te amo.

sábado, 21 de abril de 2012

Á noitinha


                                          Antonio Santana, 19/06/11

Sabe, é tudo tão novo.
De repente tudo mudou,
O meu mundo virou
E eu sinto tanta falta.
Sinto falta da rotina do dia a dia,
Dos rostos que eu via,
Da chuva que caía pelo vidro e que agora cai dos meus olhos.
Saudade é uma palavra tão minha
Que já se fez minha amiga.
A alegria é o sentimento que eu tinha.
Ah...! Sensação tão antiga.
Trago tanta coisa no peito,
Tantos sentimentos,
Tantos momentos,
Tantas pessoas.
Agora percebo que a vida era tão boa.
Ás  vezes, á noitinha,
Eu viajo até as mais antigas lembranças,
Desde quando eu era criança
E ás vezes parece que ainda sou.
Pena que tudo mudou.
Quando a gente cresce
O mundo não é o nosso mundo de sonhos.
Quando a gente cresce
O mundo é apenas mundo.
Ás vezes, á noitinha,
Eu penso naquelas coisinhas
Que por menores que fossem
Me faziam mais feliz.
E é á noitinha
Que eu, calada, e sozinha
Vou pensando, sentindo
Viajando, lembrando...
E acabo dormindo.

Um corpo no escuro (Antonio Santana)





Ia caminhando
Com o peito totalmente embriagado
E sempre pensando
Que você poderia estar ao meu lado.
Ia me esgueirando
Dentre aquelas ruas escuras,
Todas iguais.
Em nenhuma tu estavas.
De repente tudo desapareceu
E até a lua que estava tão clarinha,
Par me acompanhar, 
Ficou um pouco triste
E também desfaleceu.
E naquele escuro
Fiquei tão louco
Sem saber pra onde ir,
Sem saber pra onde olhar,
Sem conseguir te encontrar.
E essa loucura foi me tomando.
E o meu olhar
Pouco á pouco foi tombando
Como se a noite
Tivesse entrado em mim.
Fui caindo.
Foi meu fim.
Passei tanto tempo naquela escuridão,
Até que a lua triste chegou,
Mas agora apenas para iluminar
Um corpo caído no chão.
Por entre as estrelas
Estou sempre a caminhar.
Agora com você,
Pois, finalmente, 
Consegui te encontrar.