quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Oh Deus!


                                                                                                                 Antonio Santana, 06/09/2012

Pergunto-me neste instante
Onde fica a saída deste mundo em que entrei.
Tudo é igual e diferente... Parece-me tudo distante,
Oh Deus, sobreviverei?
Aqui é tudo tão frio, tão morto, tão... Sei lá!
O dia é um vulto que passa aos arrastos.
A noite é um sonho que jamais existirá.
Enquanto isso brinco feito criança com meus queridos ratos
Que roem meu ser cada vez que respiro.
Queria tanto que tu me enxergasses aqui,
Mas quando resolveres virar os teus olhos
Eu já terei ido... Partido... Sumido... Morrido...
Fui amigo, dei tudo de mim, mas agora eu já vou.
Tu não me vês, tu nem sequer me olha.
Mais uma noite e ando contigo... Era tão bom... Éramos amigos!
Virei um personagem, um figurante
De uma vida que nem é mais minha.
Andei por ai, vivendo, errante
E caí de novo naquelas promessas mesquinhas.
Cada vez fico mais surpreso em ver que suporto tanta dor.
Ela aumenta e depois aumenta e depois aumenta e depois... Enfim...
Ninguém se importa!
Sinto-me tão sozinho...

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