quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Uma avenida qualquer

                                  Antonio Santana, feito em  09/11/2009

Ele morreu em uma avenida qualquer
Após beber e brigar
Com sua mulher.
Ele não soube dar valor
Ao amor que recebeu.
Foi pelo caminho errado
E então aconteceu.
O amor que recebia
Não soube preservar,
Sua esposa era linda,
Só sabia lhe agradar,
Mas de repente a coisa mudou.
Seu mundo virou. O tempo fechou!
O amor foi mudando,
O ciúme foi chegando
E o ódio dominando.
Ele tentava entender
E ela compreender.
O que estava acontecendo?
O amor mudou, o sexo se afastou.
Não eram mais um casal.
Enfim o amor acabou , o sexo sumiu
E o ódio assumiu.
Não eram mais um casal.
Então um dia ele saiu,
Bebeu, brincou, riu.
Riu pouco, brincou muito com a vida,
Bateu demais em sua mulher,
Que nada fez.
A não ser lhe amar mais e mais.
Ele foi embora
E ela, chorando, em um canto adormeceu.
O dia seguinte
Com aquela notícia amanheceu.
E do rádio vinha um ruído
Anunciando que o tráfego
Fora interrompido
Por motivo de acidente
 De um homem chamado José Vicente.
Neste momento ela soube
Que seu marido havia morrido
Em uma avenida qualquer,
Após beber, brigar e bater em sua mulher.
Ela, chorando, novamente adormeceu
E de tanta tristeza morreu.
Ele simplesmente
O tráfego interrompeu.

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