domingo, 16 de setembro de 2012

Preciso de outros olhos



                                                                                Antonio Santana, 29/07/2011
Olhei pro infinito.
Não vi nada.
Olhei pra borboleta.
Não vi nada.
Olhei pra você.
Não vi nada.
Olhei seu sorriso.
Não vi nada.
Olhei no espelho.
Não vi nada.
Olho, olho, olho.
Olho ao meu redor
E nada me é familiar.
Olho, olho, olho.
Já sei as ruas de cor,
Mas pra onde eu vou
Nenhuma delas quem me levar.
Olhei pra um mosquito.
Só vi duas pernas.
Olhei na gaveta
E senti um vazio.
Olhei pra entender,
Mas até já esqueci.
Olhei um aviso
E fiquei curioso.
Olhei dentro do orgulho
E não vi muita coisa.
Olhei pra um velho
E vi a história do mundo.
Olho, olho, olho.
Olho ao meu redor
E nada me é familiar.
Olho, olho, olho.
Já sei as ruas de cor,
Mas pra onde eu vou
Nenhuma delas quer me levar.
Olhei aqui pra dentro
E senti um vazio do tamanho do infinito.
Olhei minha imagem,
Mas quebrei o espelho pra tentar entender.
Olhei para o meu ego
E vi as pernas do orgulho.
Olhei olho no olho
E dentro dos olhos o mundo caiu.
Olhei um inseto,
Mas esqueci que era você.
Olhei pra necessidade
E ao abrir a gaveta só vi um mosquito.
Olhei pra vontade
E ser curioso me fez bem mais velho.
Olhei pra criança
E tinha o sorriso de uma borboleta.
Olhei uma placa,
Mas aquela coisa era só mais um aviso.
Olho, olho, olho.
Olho ao meu redor
E nada me é familiar.
Olho, olho, olho.
Já sei as ruas de cor,
Mas pra onde eu vou
Nenhuma delas quer me levar.
Olhei aqui pra dentro.
Senti um vazio que era você.
Olhei pro meu ego
Que era do tamanho do infinito.
Olhei minha imagem,
Mas esqueci pra tentar entender.
Olhei um mosquito
E tinha o sorriso de uma borboleta.
Olhei olho no olho,
Mas quebrei o espelho e o passado.
Olhei pra necessidade
E dentro dos olhos o mundo caiu.
Olhei pra criança,
Mas aquela coisa era só mais um inseto.
Olhei uma placa
Que me fez sentir bem mais velho.
Olhei pra vontade.
Fiquei curioso e abri a gaveta.
Olhei para o nada,
Mas esqueci que era só mais um aviso.
Me dizendo que nada havia acontecido.

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